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“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.
Paulo Freire





sexta-feira, 2 de abril de 2010

Caracterização da faixa etária

NÍVEL I (2 anos)
Caracterização da Faixa Etária
Nesta fase a criança freqüentemente utiliza a palavra “não”. Atende pelo próprio nome. Sua linguagem torna-se útil, passa a descrever objetos em torno de suas funções e nomeá-los. Reconhece figuras. Lembra o lugar onde deixou certos brinquedos e objetos. Mantém a atenção concentrada por aproximadamente 5 minutos. Desenha garatujas (rabiscos). Aponta as partes do corpo. Distingue o preto do branco e tem preferências por cores. Compreende seqüências simples. Tem noção do agora. Começa a comer sozinha. Conhece a diferença entre “eu” e “tu”, mas não entende o que seja “nós”. Faz as coisas do seu modo e irrita-se quando alguém interfere, mostra-se teimosa. Gosta de controlar os outros e dar ordem. Demonstra algumas tendências consideradas agressivas: morde, bate e belisca.

OLHA A BIRRA!
Birra cansa e preocupa os pais. Veja como lidar com a teimosia na infância! Seu filho só diz não, se joga no chão quando contrariado, grita e esperneia. Você reprime, fica brava ou, algumas vezes, vencida pelo cansaço, cede às demandas do pequeno tirano. Pense duas vezes no modo como você reage. Em primeiro lugar, é muito importante entender que a birra é saudável. “Nessa fase, o prazer é testar limites. Os seus e os dos outros. Este é um exercício importante. Não é cômodo, mas é importante”, explica a psicóloga Ana Beu Manzano.
Pense no seguinte: o bebê é todo “sim”, ele está sempre sob nossos cuidados. O adulto preenche todas as suas necessidades. A criança, entre 1 e 2 anos, já anda, fala e quer pensar por conta própria. Por isso ouvimos tanto “não”. Tenha em mente que a criança não está contra você. A birra, muitas vezes, é como um jogo. Quando se trata de uma simples “não”, por exemplo, na hora do banho, ou de comer, tente soluções lúdicas, inverta os papeis, diga – em tom de brincadeira – que a comida é toda sua para quebrar um pouco do stress da situação. Você não se abala tanto e vai ver que, rapidamente, a criança vai querer o que havia negado. Se a birra for daquelas clássicas, com a criança jogada no chão esperneando em publico, faça cara de “nada”. Não ceda à chantagem, nem fique “histérica” junto. Lembre-se: ela escolheu o lugar público pois sabe a “vergonha” que isso pode causar. No dia-a-dia, só se apóie em regras lógicas, aquelas que você mesma não quebra. Limites exagerados não ajudam em nada. Se a questão envolve segurança, não há o que discutir. O bem estar da criança vem em primeiro lugar. Quando uma traquinagem der errado, evite o famoso “eu avisei”. A criança já sabe que se deu mal. Ela já levou a lição através da própria falha.Para concluir, mantenha-se firme e calma, a criança cresce e essa fase vai passar.

ADAPTAÇÃO ESCOLAR
Se a criança freqüenta a escola ou tem irmão mais velho, provavelmente já está familiarizada com a imagem escolar. Se a criança não tem irmãos, depende da mãe que deverá ajudá-la a compreender e aceitar o desafio dessa nova realidade. As crianças demoram em torno de quatro semanas para se adaptarem à escola. Algumas levam mais tempo. Outras já se sentem integradas de imediato. Em grande número de casos o ajustamento emocional que se processa neste período pode ser notado em várias alterações no comportamento da criança. Muitas se tornam retraídas, menos comunicativas do que de costume ou menos sociáveis junto à família. Há crianças que não falam da escola em casa. Quando perguntadas sobre a mesma, suas respostas são as mais sucintas possíveis. Parece que elas precisam manter suas duas vidas – a da escola e a do lar – separadas e distintas, pois isso as ajuda a conhecer melhor sua posição em ambas as situações, capacitando-as a manter definida sua própria identidade. Outras crianças podem voltar a apresentar padrão de comportamento há muito deixados de lado. Podem pedir a mãe mais tempo, podem tornar-se mais infantis, podem voltar a fazer “xixi” na cama. Esse retrocesso pode significar desforra. Por esse motivo a tranqüilidade dos pais é fundamental neste período.
Atitudes que auxiliam na adaptação:
- Apenas um adulto deverá acompanhar a criança à escola;
- O adulto acompanhante deverá incentivá-la a criar laços afetivos com a professora;
- O adulto acompanhante deverá manter-se o mais distante possível, deixando que a professora a integre nas atividades.
- Fotos e filmagens devem ficar para o período pós adaptação.

NÍVEL II (03 ANOS)
Caracterização da Faixa Etária
A criança desta idade entra na fase dos “porquês”, pensamento finalista. Ela quer saber na realidade, a finalidade do “para que” das coisas. Mostra-se muito curiosa. Nomeia o que constrói e forma frases completas. Sabe dizer seu nome. Reconhece as cores, classifica objetos e observa detalhes. Aumenta o interesse em ouvir e concentra sua atenção aproximadamente por 10 minutos. Seu vocabulário aumenta, pode passar pela fase da gagueira. Trata-se por “eu” e fala do “meu”. Imita principalmente os adultos. Faz birras e grita. Não consegue distinguir frente/trás de certas roupas. Escova os dentes. Alimenta-se sozinha sem derrubar. Usa corretamente a colher e o garfo. Pode se desprender da mamadeira, da chupeta e da fralda.

POR QUÊ ELES MORDEM?
Entre um e dois anos de idade a criança entra na sua fase oral, ou seja, sua relação com o mundo é praticamente toda através da boca. Ela cria o hábito de colocar tudo na boca e descobre os prazeres de sugar, chupar, produzir sons. E é através da mordida que ela consegue manifestar sua força e seus sentimentos, pois sua fala ainda está em construção. Nessa fase, lutar é morder, sendo assim em qualquer disputa que ela entre, seja por brinquedo ou por atenção, a sua primeira reação é a mordida, mas aos poucos, com a sua socialização, vai acabando e ela percebendo que para conviver bem com seus coleguinhas e familiares ela precisa se controlar e não morder, e daí em diante o problema das mordidas se finaliza.
Seu filho morde porque...
- está insatisfeito e quer mostrar isso;
- quer demonstrar força e ver a reação que provoca;
- não tem vocabulário suficiente para se expressar.

Você deve...
- conter tal comportamento sempre, impedindo que ele morda;
- dizer a ele que isso pode machucar as pessoas;
- procurar orientação se as mordidas se tornarem rotina.
E, principalmente tenha a certeza que a escola está atenta e fazendo tudo o que está ao seu alcance para que seus filhos atravessem essa fase da vida da melhor maneira possível.

Texto elaborado por Patrícia A.M. Cerqueira Costa, Psicóloga especializanda em
Psicopedagogia e Violência Doméstica na Infância e Adolescência

NÍVEL III - (04 ANOS)
Caracterização da Faixa Etária
A criança desta idade aumenta rapidamente o seu vocabulário. Não para de fazer perguntas. Apresenta curiosidade aumentada, quer saber “Como? Por quê?”. Fala sozinha. Gostam de palavras bobas, sem sentido, “palavrões”. Sabe dizer seu nome, sobrenome e idade. Canta bem pequenas canções. Reconhece cores e suas tonalidades, tamanhos e formas. Veste-se sozinha e abotoa as suas roupas. Pode tomar banho sozinha. O desenho passa das garatujas para o traçado que lembram coisas que já viu. Tem noção de limites (meu/teu/nosso). Demonstra autoritarismo, expansividade e iniciativa. Aprecia ser elogiada e elogiar. É fisicamente afetuosa.

Como Evitar os “Palavrões”
Geralmente aos 3 anos de idade as crianças começam a dominar a linguagem. Nesta fase de descobertas as crianças tendem a brincar com as palavras. Mesmo não sabendo o significado do que estão pronunciando, elas percebem claramente o impacto que as mesmas causam nos adultos e nas crianças mais velhas. Porém, ao passar do tempo, elas começam compreender seus significados e as utilizam agressivamente, é nesta fase, principalmente, que os adultos que convivem com esta criança devem intervir e orienta-las que este tipo de linguagem não é aceito em sociedade e que estas palavras não são boas para se repetir. Para uma ação mais rápida, é importante que os pais identifiquem os locais onde seus filhos ouvem os “palavrões”, e sempre interfiram no momento em que os mesmos acontecem, mostrando para a criança como é reprovável tal comportamento. Sabemos que o ambiente em que a criança vive, propicia a maioria de suas experiências, em função disso os pais devem estar atentos para não pronunciarem os ditos “palavrões”, para que seus filhos observem a coerência em seus atos.
Texto elaborado por Patrícia A.M. Cerqueira Costa, Psicóloga especializanda em
Psicopedagogia e Violência Doméstica na Infância e Adolescência

NÍVEL IV (05 ANOS)
Caracterização da Faixa Etária
Nesta fase demonstra ser mais responsável e organizada. Apresenta domínio de vocabulário, vence as maiores dificuldades de pronúncia. Faz muitas perguntas. Começa a fazer distinção entre realidade e fantasia. Escreve seu primeiro nome. Tem percepção de detalhes e é capaz de comparar e seriar. Apresenta independência total em suas necessidades (bexiga, intestino). Veste, banha-se e alimenta-se sozinho. Utiliza a faca ao comer, abotoa e dá nó. Maneja adequadamente os termos referentes ao tempo. Arma quebra-cabeças. A mãe continua sendo o centro de seu universo, embora esteja mais independente dela. Inicia atividades grupais, aceita regras e limites. Tem iniciativa e idéias próprias. É mais autocrítica e segura.

Lição de Casa: Um Momento Prazeroso
Quando se fala em tarefa, primeiramente os pais devem ter bem claro, que a mesma é da criança, e que eles devem simplesmente dar condições para que seus filhos possam fazê-las. Quando a tarefa chega em casa, ela já foi muito bem explicada pela professora e, sendo assim, os pais não precisam ler os enunciados quando já estão alfabetizadas, pois um dos objetivos da tarefa é que as crianças se tornem leitoras independentes e quando seus pais lêem enunciados simples para elas, fica difícil a aquisição desta independência. Sabemos que para muitos pais esse momento chega a causar um verdadeiro desgaste emocional, pois algumas crianças apresentam enorme resistência para lidar com o assunto.
Para que este momento se torne prazeroso, é necessário que o seu filho tenha:
- Um local tranqüilo, sem outras interferências, como TV, rádio, ou outras pessoas passando no local;
- Um horário de rotina, a ser estabelecido e respeitado ;
- Alguém por perto ou por telefone, para esclarecer eventuais dúvidas;
- Todo material de apoio que necessita: lápis grafite, borracha, apontador, lápis de cor, tesoura, cola e outros que forem solicitados de acordo com a tarefa.
- Associar os estudos a um momento desagradável, não é nada eficaz, devemos sim associar inclusive ao lazer, como fazer leituras e incentivar os jogos e tarefas que requerem esforço mental. E se mesmo assim houver qualquer dúvida sobre a tarefa de casa, ligue para a coordenadora e obtenha as informações necessárias para o bom andamento de sua casa.
Texto elaborado por Patrícia A.M. Cerqueira Costa, Psicóloga especializanda em
Psicopedagogia e Violência Doméstica na Infância e Adolescência

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